Sempre que me perguntam: “Qual foi o momento mais inesquecível em toda a sua carreira?”, a resposta vem rapidamente: “A abertura dos Jogos Olímpicos do México, em 1968.” Explico: saímos de um túnel, na parte inferior do Estadio Azteca e entramos na pista. Era um dia de muito sol, e ali estavam milhares de atletas diferenciados do mundo todo. De repente eu me vi ali também, com o coração a mil por hora, realizando um grande sonho. Eu finalmente fazia parte da elite esportiva do mundo e estava representando meu país. Uma emoção realmente indescritível.
Os anos se passaram e agora estou prestes a realizar outro sonho: já fui porta-bandeira na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Montreal em 1976, já cantei o Hino Olímpico, já vi a Bandeira Olímpica sendo hasteada e, agora, vou participar do trajeto da Tocha Olímpica. Pronto! Bandeira, Hino e Tocha, os três maiores símbolos dos Jogos Olímpicos. Quanta satisfação!
Muitos atletas medalhistas irão participar do percurso. Eu não tenho medalha olímpica, fui escolhido pela minha participação em 4 edições olímpicas (México , Munique, Montreal e Moscou), mas o balanço geral das minhas participações é este: 4 participações como atleta, 2 como comentarista (Los Angeles e Seul) e agora, irei como Coach Desportivo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, contribuindo na preparação de equipes e treinadores. Estou honrado em fazer parte de mais uma edição dos Jogos, e continuar contribuindo para a grandeza da minha maior paixão: o esporte.